maio 22, 2012

A tampa da minha panela


Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero sambão com churrasco e as famílias reunidas. Quero ter certeza, ali no fundo da alma dele, de que ele me ama. Quero que ele saia correndo quando meu peito amargurado precisar de riso.
Que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira...). Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.
Tem que dançar charmoso, ser irônico, ser calmo porém macho (ou seja, não explodir por nada mas também não calar por tudo). Tem que ser meio artista, mas também ter que saber cuidar dos meus problemas burocráticos. Tem que amar tudo o que eu escrevo e me olhar com aquela cara de “essa mulher é única”. É mais ou menos isso. Achou muito? Claro que não precisa ser exatamente assim, tintim por tintim.  Bom, analisando aqui, dá pra tirar umas coisinhas. Deixa eu ver… Resumindo então: tem que dizer que me ama e me amar mesmo, tem que rolar umas sacanagens e Pronto!
E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que “aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências” vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor.
                                                                                                            (Tati Bernardi)
março 23, 2012

Perfectly imperfect

Quando tiramos o pé da cama pela manhã começa o esforço de tentar ser uma pessoa perfeita. É como se houvesse um protocolo do qual somos obrigados – um tanto que indiretamente – a seguir. É o tipo de coisa que acontece interna e externamente.

Externamente, pois o cabelo, a maquiagem e as roupas têm que estar impecáveis. Um sorriso tem que estar sempre no rosto, sua voz tem que ser suave, se não será chamado de ‘grosso’. Não poderá falar sobre algo que não concorda, porque vai ser reprovado e chamado de rebelde. Tem que ouvir as criticas e ficar quieto. Como um robô, aquele que não sente. Que não tem voz. Que é o perfeito nos padrões da sociedade.

Mas e todos aqueles sentimentos que ficam engaiolados no nosso interior?

É ai que entra o esforço interno. Esses sentimentos se transformam em frieza e talvez um pouco de futilidade. Frieza por preferir a solidão – já que é proibido expressar o que pensa – e futilidade por se apegar as coisas materiais, já que o importante nos falta. Tiram-nos o direito de amar, pois fazem isso parecer errado.  

E se eu estiver cansada de tentar? E se eu quiser ser só eu, aquela pequena mortal cheia de defeitos e imperfeições? Não quero uma vida de fingimentos, na qual tenho que me mascarar para ser aceita. Quero somente ser eu mesma, poder falar o que eu penso, vestir o que eu quero, ouvir as músicas que eu estiver afim, falar com quem eu gosto. Poder apreciar as coisas simples da vida, assim como os momentos em boas companhias. Sentir o amor. Sentir a felicidade. Tudo isso sem precisar me esforçar. Pois quando a gente se esforça demais para ser perfeito, acabamos conseguindo o efeito contrário.

Talvez seja a hora de esquecer um pouco os protocolos e pensar mais no que realmente importa. Porque tudo que é sincero, é mais bonito. 
fevereiro 29, 2012

Sweet angel


             Um anjo. Foi o que ele pensou quando viu ela deitada na cama de casal que os dois dividiam. Não era o tipo de mulher gostosa segundo os padrões da sociedade, mas era perfeita aos seus olhos. Seus cabelos estavam bagunçados, ela usava somente uma lingerie de renda branca e dormia um sono profundo, perdida em seus sonhos e no mundo que ela mesma criou, aquele mundo que só ele conseguiu entrar. Era o orgulho ali presente, com sonhos ansiando um futuro ainda mais feliz, mas acima de tudo, vivendo o momento, algo que se intensificava cada vez mais. Era como se o tempo parasse e as coisas ao redor não importassem, o seu mundo estava ali, em repouso, ao seu lado, sublime. Sorriu ao pensar no quão especial ela era na sua vida. Sua luz protetora. Mulher de verdade, aquela para todas as horas. Tão meiga e ingênua, mas também tão selvagem e sensual. Sua menina inocente; sua mulher provocante. Mulher de fases. Aquela que ele amava com todas as forças, a quem confiou o seu coração e os segredos que até mesmo lhe eram desconhecidos.
              Ela acordou e percebeu que ele a observava. Deu um sorriso e perguntou ainda com a cara sonolenta:
             - O que foi, bebê?
             - Eu te amo, minha pequena e para sempre vou amar, não há nada capaz de mudar isso – sussurrou ele se juntando a ela na cama. Sorriu enquanto afagava o cabelo da sua amada. Tentando sem hesito esconder as lágrimas de alegria que saiam gradativamente. Ela era realmente um anjo. O seu anjo, apelidado adequadamente como: Felicidade.

Nota: esse texto foi uma parceria, escrito por mim e pelo meu melhor amigo Jônatas - a quem devo um agradecimento por estar presente na minha vida nos momentos bons e ruins e por sempre me fazer sorrir.
janeiro 19, 2012

To infinity and beyond


"A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala "ah, enjoei, ela era meio sem assunto" e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo "ah, ele não entendeu nada" e olho para ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes nem posse porque somos para sempre. Ainda que ele se case, more na Bósnia. Somos para sempre. Se ele me corta é como se a frase que eu fosse falar fosse mesmo dele. Meu melhor amigo é meu único amor, aquele amor de irmão mesmo, que cuida e que quer bem. O único que consegui. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo. Todo mundo ama meu melhor amigo. E eu amo ele. E sempre acabamos suspirando aliviados "alguém é bobo como eu, alguém tem esse humor" e mais uma vez rimos da piada que inventamos. E esse é meu presente dessa fase tão terrível de gente indo embora. Quem tem que ficar, fica."
                                                                                                                             - Tati Bernardi
janeiro 18, 2012

E eu escrevo...


         
           Escrevo para aquietar meu coração, para aliviar a solidão. Escrevo quando estou feliz, quando estou triste, quando me sinto só e quando me sinto completa. Escrevo na tentativa de expressar o que eu estou sentindo, porque é nas palavras que eu encontro a segurança necessária para continuar. Escrevo porque me dá paz de espirito, felicidade e leveza. Escrevo para me consolar, para consolar os outros, para entreter. Escrevo para conseguir colocar os sentimentos em ordem, porque a cabeça e o coração os confunde. Escrevo sobre amar, odiar, suportar, recomeçar, escrevo até sobre minha rotina se puder.
          Você pode escrever cartas, poemas, contos, crônicas, narrativas ou o que for, mas o que importa realmente é o ato de escrever. Escreva para se expressar, e quando perceber, vai estar ajudando os outros. Escreva para renovar, para mudar as perspectivas sobre o mundo. Porque escrever liberta.
          E eu? Eu escrevo para eu mesma, na esperança de conseguir influenciar as pessoas ao meu redor a ver que a vida é maravilhosa, e só está esperando para ser vivida.
janeiro 15, 2012

special feeling


"E existem aquelas pessoas que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto. Aquelas que, passe o tempo que passar, serão sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram, pelo que nos fizeram sentir. É isso… As pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em nós… E quanto maior o sentimento, maior se torna a pessoa."
janeiro 08, 2012

Finally back home

Viajar é muito bom, mas voltar para casa é melhor ainda. Saber que quando você voltar todas as suas coisinhas vão estar ali te esperando é uma sensação inexplicável. Enfim... Eu passei o natal/ano novo em São Paulo e ontem voltei para casa, cheia de presentes e novidades para o meu quarto. Eu tinha visto no Tumblr uns quartos com copos do Starbucks na decoração, então me inspirei na ideia e voltei cheia deles para casa. Também me inspirei na ideia da Manoela (do pequenezas) e enchi meu quarto de canecas, ficou um amor.
Como eu não sou de ferro, além dos presentes que ganhei no natal comprei coisinhas pra mim. Várias correntinhas, brincos e uma bolsa Louis Vuitton Speedy (que se tornou meu xodózinho).
Voltei para casa mas logo já vou viajar de novo, é uma delícia poder viajar nas férias né? Espero que vocês estejam aproveitando suas férias tanto como estou aproveitando a minha.
E para terminar o post, duas fotinhos: uma parte dos meus copos do Starbucks e uma das correntinhas que eu comprei.


Enquete: muitos que acompanham meu blog sabem que não costumo postar sobre meu dia-a-dia, mas agora que estou de férias me inspirei e estou pensando na possibilidade de postar mais sobre o que eu estou fazendo/comprando/fotografando. O que vocês acham... Preferem que eu continue postando como antes, ou que eu poste sobre meu dia-a-dia?